Não é de hoje que empresas investem em governança corporativa, afinal a execução de boas práticas garante o desenvolvimento sustentável do negócio, agregando e preservando valor a longo prazo, porém tais ações precisam estar plenamente alinhadas aos interesses do negócio e aos órgãos de controle.

É fundamental também que a empresa tenha em sua cadeia de fornecimento, provedores e prestadores de serviço alinhados às boas práticas, que permitam convergir com os princípios da governança corporativa adotada pela empresa cliente.

Infelizmente vemos que muitas empresas possuem um bom processo de governança, porém acabam se descuidando no processo de contratação de fornecedores e mantém em seu portifólio parceiros com práticas totalmente divergentes daquilo que a empresa cliente preza. Não faltam exemplos de fornecedores que exploram trabalho infantil, não cumprem CLT, sonegam impostos, agridem o meio ambiente, etc.

É muito comum também uma empresa oferecer o melhor preço de um produto ou serviço, porém sonegando impostos, remunerando colaboradores com parte do salário por fora ou mesmo colaboradores não registrados, dentre outras ilegalidades e irregularidades. A área de suprimentos/compras é fundamental para garantir que em sua cadeia de fornecimento existam empresas idôneas e alinhadas aos seus princípios de governança.

Para que tenham sucesso na escolha de seus parceiros, os contratantes devem exigir e auditar evidências da real situação fiscal, trabalhista, ambiental, etc, de cada fornecedor. É importante ressaltar que ao manter relação com fornecedores que não adotam boas práticas, o cliente está diretamente contribuindo para que as ilegalidades ou irregularidades continuem a ocorrer, ferindo totalmente os princípios de uma boa governança corporativa.

Demetrius Miguel, diretor de Novos Negócios da Dynamic Travel

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