Para garantir a proteção e urbanização das cinco bacias hidrográficas que formam os Parques Lineares de Londrina, a Prefeitura implementou um projeto para sinalização desses corpos hídricos em todo o perímetro urbano. Desde janeiro deste ano, estão sendo instalados totens para identificar as nascentes e, de março, as placas que complementam, ao nome de cada rua ou avenida da cidade, qual bacia hidrográfica está naquele território.

A elaboração e colocação das placas e totens são executadas pela Sanepar ( Companhia de Saneamento do Paraná), como prevê o contrato de prestação de serviços firmado junto à Prefeitura. Desde o início da instalação, a comunidade já pode conferir as sinalizações em vias nas bacias Cafezal, Cambé e Lindóia.

Ao todo, a Sanepar deve instalar 380 elementos de sinalização na área urbana. De um total de 255 placas, 205 já foram colocadas. E, dentre os 125 totens previstos, 30 estão prontos e foram implementados, sendo até dois em cada nascente. A conclusão de todos os serviços deve ocorrer até o mês de setembro, seguindo as normativas presentes no projeto de identidade visual da Prefeitura.

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AÇÕES PARA PROTEÇÃO

Esse projeto, que definiu, entre outros detalhes, o modelo, logomarca e cores das sinalizações, foi elaborado pelo Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina). O catálogo completo fica disponível para acesso público na página do órgão, assim como o decreto n° 949 de 2020, que instituiu as logomarcas dos Parques Lineares. Já as diretrizes de instalação nas bacias hidrográficas foram indicadas pelo Siglon (Sistema de Informação Geográfica de Londrina), da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia.

O presidente do Ippul, Gilmar Domingues Pereira, apontou que o Instituto tem como missão promover a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável do Município. “Nesse sentido, projetos que auxiliam e promovem a educação ambiental e uma urbanização consciente e sustentável são eixos importantes desse trabalho”, disse.

Conforme o diretor de Projetos do Ippul, Robson Naoto Shimizu, os projetos e ações para proteção e preservação das bacias hidrográficas de Londrina constam na lei municipal n° 133 de 1951, que foi pioneira em estabelecer as primeiras faixas de proteção de 30 metros ao longo das nascentes e fundos de vale urbanos.

“As primeiras iniciativas relativas à educação ambiental relacionadas com as bacias hidrográficas formaram a primeira versão do Programa Rio da Minha Rua, que foi concebido e capitaneado pelo ambientalista João Batista Moreira Souza, o João das Águas, em 2007, e relançado pela Prefeitura de Londrina em 2022”, citou.

Ao contratar a Sanepar para prestação dos serviços públicos de saneamento básico na cidade, no ano de 2016, a Prefeitura incluiu, entre as cláusulas com obrigações contratuais por parte da empresa, a implementação e manutenção de sinalização hidrográfica de Londrina. “Pela proposta aprovada por Prefeitura e Sanepar, serão instaladas 255 placas de sinalização viária, nos pontos onde as vias municipais cruzam os rios e córregos, e 125 totens de indicação nas nascentes urbanas, sendo que algumas, devido ao tamanho da área de proteção, terão até dois por nascente”, explicou Shimizu.

Até o final dessa semana, a Sanepar pretende atingir a marca de 40% dos totens instalados. “A Sanepar entende que a educação ambiental e o aumento do nível de consciência daquele que vive ou transita a cidade trazem ganhos de preservação ambiental e inserção do cidadão londrinense no processo de cuidar dos fundos de vales e das diversas nascentes que cortam a cidade”, frisou o gerente-geral da região Nordeste da Sanepar, Antônio Gil Gameiro.

(Com informações do N.Com)