A secretaria municipal de Defesa Social encontrou um local para receber a sede da pasta e também da GM (Guarda Municipal) de Londrina, que atualmente tem a estrutura dividida em vários endereços. O lugar escolhido é um imóvel na rua Tietê, na região central de Londrina, perto da PF (Polícia Federal) e do Corpo de Bombeiros. O espaço tem área construída de mais de três mil metros quadrados, com terreno livre de mais de seis mil metros quadrados, além de outras duas áreas menores que medem 468 metros quadrados cada.

Mas para que o local passe para o domínio do município é necessário o aval da Câmara de Vereadores, com aprovação em plenário. O projeto de lei que trata do assunto foi protocolado pela prefeitura em 22 de maio. O documento destaca que após um chamamento público em busca de uma localidade não apresentar interessados, em 2019, o poder público londrinense iniciou a procura, chegando até este prédio.

A negociação com o proprietário do espaço envolve a transferência de dois terrenos do município na Gleba Palhano, zona sul, e mais o retorno em dinheiro para a empresa de R$ 1 milhão. Os valores foram definidos após verificação da Comissão Permanente de Avaliação de Imóveis e Preços Públicos. As áreas da prefeitura, que não têm construções, valem cerca de R$ 13,2 milhões, enquanto que o terreno na rua Tietê tem preço estimado em R$ 14,3 milhões.

O projeto pede a autorização dos parlamentares para desafetar do uso comum as áreas de propriedade do município e permutá-las pelo imóvel hoje particular. "Os imóveis de interesse indicados no projeto de lei, já visitados por diversas autoridades da gestão municipal, satisfaz plenamente as necessidades pretendidas pela secretaria municipal de Defesa Social, oferecendo excelente localização, com acesso fácil, ótimas condições de trabalhos para as equipes e, consequentemente, para o atendimento da população”, argumenta o Executivo.

ESTRUTURA INSALUBRE

A Guarda Municipal hoje fica em cinco lugares: a diretoria administrativa, o canil e a sede da Defesa Social estão na rua Joaquim de Matos Barreto; a parte operacional da corporação na rua São Jerônimo; a Defesa Civil numa estrutura na rua da Canoagem; o centro de comunicação numa sala improvisada na Caapsml (Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina); e o centro de treinamentos na zona leste. Este último é o único que deverá permanecer onde está, por atender bem as demandas da corporação e do município.

Destes, o prédio na São Jerônimo e a sala na Caapsml são alugados. O imóvel na região central, perto da avenida Celso Garcia Cid, por exemplo, é o que está em situação mais precária. Em 2022, a Vigilância Sanitária constatou um ambiente insalubre e inadequado para o trabalho dos agentes. Já a falta de mais espaço e possibilidade de infraestrutura estaria atrapalhando a expansão do videomonitoramento, com controle de câmeras nas ruas, prédios públicos e totens.

A reportagem apurou que um novo projeto da GM, chamado Campo Seguro, com um poste de monitoramento para a zona rural, começou a funcionar, no entanto, a ampliação esbarra nas limitações da sala onde está o centro de monitoramento.

O secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, informou “que sempre foi de relevância a sede da Guarda Municipal”. “Dede o início da gestão vínhamos procurando soluções. Uma vez encontrada, encaminhamos para a Câmara. Esperamos a manifestação dos vereadores que tanto cobraram”, afirmou.

ANDAMENTO

O projeto de lei está na Comissão de Justiça, Legislação e Redação. O prazo para um parecer vence no dia 24 de junho. Posteriormente ainda deverá passar pelas comissões de Finanças e Orçamento e a de Política Urbana e Meio Ambiente. A reportagem procurou a presidente da comissão de justiça, vereadora Flávia Cabral (PP), que disse que houve e aprovação na segunda-feira (17). Presidente da Comissão de Segurança Pública, o vereador Santão (PL) garantiu que irá dialogar com os colegas de parlamento para que a proposição tenha celeridade.

“Havendo vontade política, o projeto pode tramitar em um mês ou em seis. Depende da vontade do Executivo e dos vereadores. Minha opinião é que trâmite o mais rápido possível”, ressaltou. Os vereadores entram em recesso em 16 de julho, até o dia 31. “Esse prédio vai trazer economia para o município. É um terreno que não serve apenas para a guarda, mas também pode receber a estrutura de trânsito da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) que fica na avenida Portugal”, acrescentou.

Atualizada às 11h37 de 18/06/2024